Com certeza você já leu algo como:
“Nasce uma mãe, nasce uma culpa'’ Ou ainda… “A Educação positiva culpa as mães‘’
Mas de onde vem esta culpa materna?
Em uma sociedade em que “o filho é da mãe” (tem até um xingamento, “filho da mãe” já parou para pensar nisso?). Qualquer informação já é vista como um julgamento à figura maternante.
Tudo nas nossas costas. MÃES.
Desvalorização do papel de mãe, invisibilização do cuidado, terceirização de responsabilidades, e uma cultura patriarcal que nos adoece e não vê beleza, abundância e poder na figura maternante.
Nenhuma mãe, nenhum pai DESEJA ferir.
Mas frente às informações que trazemos da ciência, o padrão relacional fica ativado.
O que isso significa?
Imputação de culpa, quando busco o culpado na educação tradicional posso punir, elogiar, reforçar um comportamento.
Certo x errado. O grande problema é que essa construção cultural do inconsciente coletivo não nos traz o poder da autorresponsabilidade.
A vergonha por trás da culpa materna
Fomos culturalmente moldados para ver a culpa como algo ruim, porque toda vez que erramos, sentimos vergonha e, a cada erro, o que acontecia com a gente?
Hoje, quando nos vemos frente a informação que espelha nosso “erro” como educadores, o que sentimos? Culpa. E por trás da culpa tem a VERGONHA.
Mas, veja, que tal mudarmos essa perspectiva?
A começar por entender que o sentimento de culpa é parte essencial da pessoa responsável.
Lembre: QUEM TEM CULPA TEM ESCOLHA.
CULPA E VERGONHA são instrumentos da consciência que, na sua forma verdadeira, registra o mal-estar e autocensura quando fazemos algo que viola nosso código de ética pessoal ou social.
É a culpa que ajuda a manter em funcionamento nossa bússola moral e, por ser sempre tão dolorosa, domina nossa atenção, até fazermos alguma coisa para atenuá-la.
O que não podemos é continuar nos imputando culpa, trazendo um pensamento polarizado 8 e 80: ou me sinto mal e me culpo por sentir que errei ou eu congelo frente às informações, ativo os mecanismos de defesa e ataco.
O que fazer então?
Educação Positiva é também sobre autocura e acolhimento.
Reconhecer e registrar que somos humanos e, por isso, vulneráveis e viver a Educação Positiva buscando nossa auto educação, com compaixão e acolhimento dessa culpa.
Fomos muito punidos, aprendemos a nos autopunir e agora nos sentimos “culpados”. Mas sabemos que temos ESCOLHA. Qual será a sua?
Quer entender mais sobre a Educação Positiva? Comece AQUI.